9 de novembro de 2015

Sexto encontro – surge o sol e o arco Iris

Sexto encontro – surge o sol e o arco Iris

Técnica aplicada: confecção de boneca bebê
Objetivo: Utilizar a música para expressão, resgate da memória popular e elevar a autoestima; Relembrar histórias infantis e verificar o grau de recepção desta.– proporcionar a expressão da afetividade na confecção de boneco bebê.
Material: Violão, cabeça de boneca, garrafa de água, tecido, carimbo, tinta de tecido, fitas e rendas
Descrição: Audição e canto de música com violão. Contação de história. Canto de músicas infantis – de ninar. Confecção de boneco bebê: carimbo no tecido – construção de boneco. Conversas com o bebê.
Comentário: Grande estímulo à afetividade e boa recepção à boneca bebê


A oficina começou ao som de violão. A música tocado foi “Serenô”. Senhora Vermelha e Dona Verde acompanharam cantando com bastante entusiasmo. Azul justificou que não conhecia, mas acabou cantando. Incentivou-se a cantarem, falando – “Agora é a vez de ...”
Dona Violeta e Azul Claro não quiseram vir para a varanda mas ficaram na sala escutando e olhando atentamente. Senhora Marron estava tomando banho e Rosa estava no quarto. Sr. Amarelo estava sentado na sua poltrona de costume, ouvindo atento o som do violão, sem chingar.
Hoje Cinza estava sentada à mesa. Ela está sempre muito afastada do grupo em outra sala, deitada. Ela não fala e nem consegue ter movimentos próprios, pois treme excessivamente. Tem o olhar constantemente distante.
A conversa com o grupo foi sobre história para ninar. Perguntou-se se conheciam a história do sapo que foi na festa do céu. Não conheciam. Então a história foi contada com dramatização na voz (ora a voz do sapo, ora a voz do urubu) e nos gestos. Dona Verde ficou atenta a história e até ajudou no desfecho.

O pessoal foi convidado a cantar mais uma música acompanhada do violão: “Boi da cara preta”. Adoraram! Todos cantaram lembrou-se de outras cantigas de ninar.
Aproveitando o assunto os idosos foram convidados a confeccionar um boneco bebê. Um tecido azul e outro rosa foram colocados na mesa para inicialmente serem enfeitados utilizando carimbos de florzinha, coração, passarinho, lembrando dos motivos das roupinhas de criança. Dona Verde e Dona Violeta logo participaram, pegaram os carimbos com entusiasmo. Quando o coração ficou estampado no tecido, Dona Verde exclamou:
- Olha, é um coração!

As outras (Senhora Vermelha e Dona Branca) não se dispuseram a atividade. Havia dificuldade para entender a proposta e foi sugerido que utilizassem as pontinhas dos dedos para “pintar” o tecido. Dona Verde arriscou alguns pontinhos no tecido seguida por Azul.
A boneca bebê começou a ser confeccionada pela cabecinha que era encaixada na garrafa. A conversa girava em torno das necessidades de um bebê. Neste momento Dona Branca falou com bastante entusiasmo que isso ela sabia bem, pois ela era a mais velha da sua família e havia cuidado de todos seus irmãos. Era necessário colocar uma toquinha no bebê, sugeriu alguém.



Cada participante segurou sua boneca enquanto o tecido e as fitas RAM disponibilizadas. Uma pessoa ajudou a outra a amarrar as toquinhas. Dona Verde e Dona Violeta não resistiram e antes mesmo da conclusão da boneca começaram a conversar com o “bebê”.
O tecido que havia sido estampado com os carimbos serviu para ser o “cuero” dos bebês.
Foi uma festa! Todas queriam conversar com seu bebê, dar nomes a eles.
– “O meu chama-se Gustavo” disse Dona Verde
– O meu tem um nome francês... disse Violeta.
Mas como não se lembrava um nome Senhora Vermelha sugeriu:
– Pierre!
Os nomes foram surgindo: Chiquinho, Henrique... Senhora Vermelha olhava para o bonequinho e lembrava-se de uma música:
– Olhos azuis, olhos azuis.
A reação de ternura foi muito grande. Uma cuidadora disse que queria levar para casa um bonequinho também. Rosa que estava na sala ao lado da varanda ganhou uma boneca bebê já pronta. Ela perguntou:
– Quanto é?
Ao saber que estava ganhando um presente ficou muito feliz e logo levou o “bebê” para seu quarto, para guardar.
Um bonequinho foi colocado no colo de Cinza e ela olhou profundamente para o “bebê”.
Neste momento Senhora Marron chegava do banho em uma cadeira de rodas e também recebeu um “bebê”. Ela abraçou o boneco bem junto a seu peito.
Cantou-se mais uma vez para os “bebês” cantigas de ninar.

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