CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Esta
Especificamente, tratou da
A essa
Nesses
É
O curso de licenciatura
O
Assim sendo, então um
autêntico sentido da
[1] Tradução:“[…] la enseñanza no está
hecha a priori,
Blog da professora Elisa sobre arte, artesanato, ensino de arte,comentarios sobre exposições e amigos.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Esta
Especificamente, tratou da
A essa
Nesses
É
O curso de licenciatura
O
Assim sendo, então um
autêntico sentido da
[1] Tradução:“[…] la enseñanza no está
hecha a priori,
3.4.1 Releitura
Ao se referirem à
Na releitura,
O
(1863 —
de Édouard Manet
que Picasso fez.
Fonte: o mundo da arte, 1966,
p. 29.
Figura 27. Detalhe de O
figura 29. Alunos da educação infantil compondo uma produção
plástica
baseada em Sol
poente (1929), obra de Tarsila do
Amaral
de 1924 da pintora Tarsila do Amaral
Fonte:
acervo de Tininha.
O
de
(1925 —
Ao se
O importante é que o professor não exija representação fiel, pois a obra
observada é suporte interpretativo e não modelo para os alunos copiarem. Assim
estaremos ao mesmo tempo preservando a livre expressão, importante conquista do
modernismo que caracterizou a vanguarda do ensino da arte no Brasil de 1948 aos anos setenta, e nos tornando
contemporâneos. (barbosa,
1996, p. 107).
Posto isso, a releitura
no ensino de arte deveria ser tratada como citação ou processo de
intertextualidade (interação entre textos; superposição de textos ou
influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida) para se evitar que a cópia seja
considerada a única forma de reler. Ao reler
uma obra — ao elaborar um trabalho expressivo e pessoal —, o aluno que cita toda
a obra ou fragmentos como parte de seus conhecimentos estará se apropriando dos
possíveis sentidos que a ela suscita e os relacionando com seus conhecimentos
pessoais. No mundo atual, professor auxilia o aluno a ressignificar as imagens,
interpretá-las e torná-las como fonte de informação.
A
Como o educador com
formação acadêmica anterior à década de 1990 não foi preparado para orientar
alunos na leitura de imagem, os novos cursos de licenciatura tentam se adequar
à proposta pós-modernista, incluindo no currículo a leitura estética.[2]
Além disso, a temática virou alvo de grande preocupação: foram publicados
artigos e livros sobre o tema.[3]
A Secretaria de Educação Fundamental do Ministério da Educação (sef/mec) lançou, em 1998, um programa de formação continuada com nome de
“Parâmetros em ação”, dividido
Nesta
Essa autora constata
Eu gosto de sair destes
artistas-padrões, tanto nacionais quanto os de fora... A educação é uma
indústria. Eles investem. É Tarsila... Antigamente ninguém falava [nela]. Nada contra estes artistas, Portinari [por exemplo], famosos, internacionais, mas existe uma
galera enorme de artistas [muito bons],
às vezes até na própria cidade.
figura 23. Reprodução de página do portfolio de Raquel
Fonte: acervo de Luciano Carvalho.
Barbosa (1996) trata de alguns
procedimentos empregados na leitura de obras de
arte — métodos comparativo (como o classifica a proposta de Edmund Feldman) e
multipropósito (de Robert Saunders) —, ela assevera que a metodologia o professor
escolhe:
A
metodologia de ensino da arte usada no Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São Paulo integra a História da Arte, o fazer artístico e a
leitura da obra de arte. Essa leitura envolve análise crítica da materialidade
da obra e princípios estéticos ou semiológicos ou gestálticos ou iconográficos.
A metodologia de análise é de escolha do professor. O importante é que obras de
arte sejam analisadas para que se aprenda a ler a imagem e avaliá-la. Esta
leitura é enriquecida pela informação histórica e ambas partem ou desembocam no
fazer artístico. (barbosa, 1996, p. 37).
Nesse sentido, foi
difícil saber dos/das estudantes-professores/as como encaminham a leitura de
imagens. Tive de ler nas entrelinhas de suas falas ou mesmo quando me mostravam
fotos.
A
[...] a
Lançado em 2003, o material arte br foi elaborado por professores e especialistas em
arte-educação[1]
a fim de subsidiarem os professores que lidam com a leitura de imagem em sala
de aula usando obras de artistas brasileiros. O material, também, pretende integrar
o projeto de educação continuada do Instituto Arte na Escola, que resulta da
institucionalização do projeto Arte na Escola, criado em 1989, pela
Fundação Iochpe. Nesse material, a leitura de imagem se fundamenta na teoria
semiótica greimasiana,[2]
que entende a arte como linguagem e o objeto artístico como texto visual. Conforme
instruções do material, a leitura visual deve obedecer à seguinte seqüência:
O
figura 24.
Raquel
afirma que a leitura de imagens importa porque estimula o aluno a ter visão
ampla: “Eles falam assim: ‘Vi o sol. Olhe lá um brilhinho! Nossa! Eu vi muita
cor laranja’. Outro fala assim: ‘Eu vi muitas linhas retas, redondas. Eu vi que
não entendi nada desta imagem!’”.
O
[Utilizo]
A
O
A fala de Tininha revela uma
proposta de leitura visual distinta:
[...] antes de mostrar as imagens, eu falo um
pouco da pessoa que fez a imagem, mas em forma de história, para eles
entenderem. Eu começo a contar história e começo a falar das cores que o
artista usa, o jeito que ele trabalha, [e depois é que] mostro a figura a eles.
Ela argumenta que assim fica “mais
familiar”; afirma que, ao dirigir o olhar dos alunos para uma narrativa
pessoal, quando ela lhes mostra a imagem, “[...] já olham de uma outra forma” e
acreditam que, se “eu não contar uma história antes, eles não vão entender”.
Cabem
questionamentos: não estará Tininha lendo pelo aluno? Não estará dando sua
interpretação da obra para o aluno? Será que sua formação inicial em História
não a conduziu a tal prática? A propósito da importância do ato de ler, recorro
a Freire (1989), para quem o professor não ensina “o que ler”, pois não há uma leitura
correta; há, sim, sentidos que o leitor constrói conforme seu conhecimento de
mundo e seus interesses no momento. Isso porque ler pressupõe percepção,
interpretação pessoal; é um ato de conhecimento e, sobretudo, criador.
Como ler, o ato de ver é processual:
olha-se para depois se ver. Não se vê apenas a parte física de um objeto a ser
focalizado pelos olhos; vêem-se, também, suas relações com o sistema simbólico,
para se lhe atribuírem sentidos, pois
A leitura de obra de arte envolve o questionamento, a busca, a
descoberta e o despertar da capacidade crítica dos alunos. As interpretações
oriundas desse processo de leitura, relacionando sujeito/obra/contexto, não são
passíveis da redução certo–errado. [...] É importante ressaltar que o objeto de
interpretação é a obra, e não o artista, não se justificando processos
adivinhatórios, na tentativa de descobrir as intenções do artista. (rizzi, 2002, p. 67).
[1]
[1]
[2]
[1] O
[2] No
[3]