7 de setembro de 2015

Terceiro encontro – pode chover

Terceiro encontro – pode chover

Técnica aplicada: audição de música e frotagem
Objetivo: resgatar a autoestima e estimular a criatividade
Material: aparelho de som, papel branco, giz de cera e papel em relevo para frotagem
Descrição: Audição de música com temática - Tango. Breve momento lúdico com dança. Realização de técnica de frotagem e colagem.
Comentário: apesar da dificuldade houve um bom envolvimento dos participantes. As queixas de “não consigo” diminuíram.


senhor amarelo fazendo a técnica de frotagem

Detalhamento:
Novamente a varanda foi arrumada com as cadeiras em círculo para que as pessoas não ficassem sem ver umas as outras. As “cuidadoras” foram solicitadas a auxiliar a aproximação dos participantes que não se locomovem sozinhos.
Tinha uma novata na casa - Dona Laranja. Senhora Vermelha estava bastante debilitada, nem conseguia se arrumar na cadeira, mas quis sentar-se à mesa. As demais ficaram sentadas nos sofás ou cadeiras. Dona Marron assistiu boa parte da oficina amarrada numa cadeira, distante, e pedia a todo momento que a tirassem dali. Depois de muito insistir sentaram-na à mesa e ela pode produzir.

A cuidadora perguntou do TANGO. E logo os olhos de Sr. Amarelo brilharam!
A primeira música tocada foi: “El dia que me quieras”. Senhora Vermelha cantou emocionada. Apenas ela cantou. E como cantou.
Aos poucos os idosos foram reconhecendo as músicas e comentando – É Gardel!
Então Dona Verde foi tomada pelas mãos e brincou-se de dançar. Outras pessoas olhavam alegres, mas se recusavam a “dançar”:
– Eu não consigo, eu não ando.



As mãos das pessoas que estavam sentadas foram balançadas, como se tivessem dançando. E as mãos de todos, um por um foi movida no ritmo da música. Por fim Senhora Vermelha quis dançar com Dona Verde.
Alguém lembrou do passarinho, talvez da caixinha do passarinho.
A caixa foi aberta e cada um escolheu uma imagem de tango, dançarinos ou artistas.
Dona Violeta não gostou das imagens, esboçando que seriam ousadas demais, mas acabou escolhendo uma imagem apenas com dois rostos de dançarinos.



Após perceber-se que não haveria sucesso em sentá-los à mesa, colocou-se uma prancheta no colo de cada participante e uma folha de papel.
A proposta teve a seguinte explicação: Às vezes nossa vida fica muito branca, sem cor, sem vida e a gente não enxerga nada. É preciso colorir a vida para enxergar as coisas boas.
Colocou-se um papel com relevo de flores por baixo do papel branco e ensinou-se que passando o giz de cera “deitado” na folha branca, as formas de flores em baixo, escondidas, apareciam.

O trabalho foi feito com cada um, pegando na mão, mostrando como ficava o giz de cera e a pressão necessária para colocar nele.
– Há, tem que colocar um pouco de força! – Disse Dona Verde.

A cada participante foi oferecido um giz de cera e solicitado que escolhessem a cor que gostavam ou que combinava com seu trabalho. Eles podiam escolher mais de uma cor, caso quisessem, mas poucos mudaram de cor.

– Gosto de coisa simples, disse Senhora Laranja, uma cor só mesmo.

Aos poucos foram entendendo a proposta e coloriram a folha toda. Alguns não quiseram e fizeram em apenas uma parte do papel mesmo. Senhora Marron que estava amarrada, foi colocada à mesa e coloriu a folha com prazer. Usou até duas cores.

Uma idosa mostrou para a outra seu trabalho e foi incentivado que mostrassem suas produções.
O trabalho foi finalizado com o assunto música do próximo encontro. Dona Branca pediu valsa.