9 de novembro de 2015

Quinto encontro – A chuva começa a amenizar

Quinto encontro – A chuva começa a amenizar

Técnica aplicada: modelagem dê símbolos com massinha
Objetivo: Utilizar a música para possibilitar o sentir, o recordar, o expressar, o criar e o autorrealizar. Oferecer através da modelagem de massinha a oportunidade de expressão aos idosos internados. Propiciar o vínculo entre os participantes e terapeuta.
Material: Toca Cd e músicas – microfone. Prancheta, papel, massinha colorida
Descrição: Audição de música (bolero) e conversa sobre lembranças que esta música traz. Canto de música com a utilização de microfone. Canto de outras músicas de repertório dos idosos. Modelagem com massinha.

A casa estava bastante tranquila. Encontrou-se alguns idosos, como sempre, na varanda, porém ouvia-se uma música suave no ambiente. Uma das cuidadoras estava na varanda separando remédios e ao seu lado estava Azul Claro, que pela primeira vez estava sentada. Senhora Laranja estava meio tristonha. Contou-nos que havia perdido uma irmã:
– Agora estou só, não tenho mais ninguém!
Inicialmente foi colocada músicas para ouvirem e cantarem: bolero. A música “Besame mucho” era conhecida pela maioria. Um microfone (sem funcionamento) foi passado de um em um, para que cantassem um trecho da música. Deu certo, todos cantaram! Todos!
Conversou-se sobre o que a música estava falando e sugeriu-se que cada um desse um beijo num amigo/a da casa. Foi grande a receptividade da proposta! Cantou-se novamente. As cuidadoras também participaram.
Outra música foi tocada: “Nesta rua tem um bosque”. E novamente o microfone passou de mão em mão! O ambiente estava tranquilo. Embora houvesse confusão em alguns versos, muitas risadas foram dadas. A cuidadora sugeriu “Atirei o pau no gato”.



Após a atividade de canto sugeriu-se trabalhar com as mãos e com a cabeça: modelar com massinha. A mesa desdobrável foi colocada perto dos sofás onde estava a maioria dos idosos.
Os idosos logo fizeram bolinhas e bastões. Todos fizeram. E fizeram bastões bastante compridos até com o uso das duas mãos. Violeta fez o maior. E também enrolou o bastão. A imaginação começou a fluir. Azul fez uma “cesta” – usou o verde e amarelo e comentou: bem brasileiro!
Dona Verde fez uma bengala e depois um chapéu. Queria fazer o chapéu de Charles Chaplin, e reclamou que não sabia como fazer! Mas depois fez.
Rosa exclamou: é a minha rua do bosque. É um prato com comida.
Senhora Vermelha fez a espiral e não quis fazer mais nada. Senhora Laranja elaborou, mas não quis comentar. Depois acabou fazendo a letra inicial de seu nome. Violeta começou fazendo uma trança e toda animada tentou com várias cores. Depois viu que não ia conseguir juntou tudo e disse: isso parece uma galinha. Foi só risadas. E depois disse:
- Mas vou fazer um pássaro.
Pediu um palito para fazer os detalhes dos olhos. E ficou um bom tempo tentando, fazendo texturas na massinha.



Senhora Marron e Sr. Amarelo desta vez ficaram apenas observando ao longe sem gritar ou reclamar. Quando o microfone foi levado até Senhora Marron e ela cantou. Sr. Amarelo se recusou a cantar. Azul Claro não ficou na varanda. Rosa nem sequer apareceu. Informaram que Laranja já não estava na casa. Senhora Vermelha estava bastante distante. Na hora da música cantou, mas não quis fazer mais nada.

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