11 de novembro de 2015

Oitavo encontro – tem um pote de ouro

Oitavo encontro – tem um pote de ouro

Técnica aplicada: criação de personagens
Objetivo: Utilizar a música para possibilitar o sentir, o recordar, o expressar, o criar e o auto-realizar trazendo boas lembranças da infância; Fomentar a socialização e desenvolver a coordenação motora; Oferecer através da modelagem de massinha a oportunidade de expressão aos idosos internados; Propiciar o vínculo entre participantes/participantes e participantes/terapeuta.
Material: Toca Cd e músicas, Bonecas de papel,Tampinhas de plástico, massinha, sementes e predarias para mandala
Descrição: Audição, canto e gestos a partir de música. Conversa sobre boneca e criação com boneca de papel. Criação com os personagens. Confecção de mandala com massinha. Audição de música e canto.
Comentário: Atribuição de novos significados à vida




Havia chovido pela manhã e dado uma pancada bem forte no início da tarde. A oficina na varanda estava ameaçada a não acontecer. Poucos idosos se encontravam na varanda. Então outro local foi ocupado para a realização da oficina: à sala de TV. Com dificuldade a cuidadora levou os idosos que não se movimentam a sala de TV. A maioria não se locomove se não tiver apoiada.
A sala de TV ficou bem bonita! Cheinha de gente. Lá estavam duas internas deitadas em poltronas (Cinza e Grená) fora do mundo, e lá ficaram. As demais foram se acomodando em sofás carregados pelas cuidadoras ou cadeiras. Tinha um novo interno que se locomovia e falava bem: Sr. Lilás.
Iniciou-se com uma música “Boneca de lata”. A música foi acompanhada de gestos. Todos ouviram com atenção e alguns conseguiram acompanhar fazendo gestos. Os olhos brilhavam e cantaram juntas! Cantou-se mais de uma vez.


Uma boneca de papel foi apresentada para cada uma delas/e. Então cada um pegou uma bonequinha e também um envelope com roupinhas. Do lado de fora do envelope havia o desenho de um cabide de roupas. Foram incentivados a escolherem uma das roupas para vestir na boneca.
Depois que escolheram foram auxiliados a “vestir” a roupinha nas bonecas. Conversou-se sobre o nome da bonequinha e cada participante foi inventado um nome para sua bonequinha. Foi muito interessante, pois, ora a boneca tinha o nome da própria “dona”, ora tinha nomes muito diferentes.
Depois foi a vez de saber onde estava a boneca. Todos participaram falando:
– Está na roça
– Está fazendo compras.
– Está passeando com o cachorro
– Está fazendo nada como eu aqui, não faço nada.
– Não está em lugar nenhum, pois a enxurrada levou embora.
Conversou-se sobre as respostas. Foram respostas muito interessantes pois eles se colocaram mesmo na imaginação e com coração.
Depois convidou-se a colocar a boneca para dormir e fechassem os olhos para ouvir a música. Falou-se:

– A boneca vai sonhar. Sonhou que estava andando num jardim muito bonito, cheio de flores e passarinhos (a música tinha sons de passarinhos). Neste jardim tinham muitas flores, de muitas cores. A boneca escolheu uma flor e a apanhou. Sentiu o perfume da flor e... acordou.
Tudo foi descrito bem devagar e quando abriram os olhos foram convidados a contar que flor pegaram e para quem dariam aquela flor.
– Flor rosa. Daria para minha irmã.
– Para meu filho.
– Eu não peguei uma flor, eu peguei uma bolsinha e fui fazer compras.



A atividade plástica foi a confecção de uma “imagem” com massinha, pensando na boneca, nas flores, no tempo de criança... o que tivessem sentindo ali. Que colocassem no suporte oferecido cores das flores, as cores do sonho. Que apertassem vagarosamente as massinhas preenchendo todo os espaço. Depois sementes ou pedrarias foram oferecidas para que colocassem no seu trabalho.

Ao terminarem cada um “escolheu um nome” para sua produção. Surgiram nome de flores e nomes de pessoas. Dona Verde, bastante crítica, disse:
– “Porcaria” .
Para finalizar o encontro cantou-se novamente. E Rosa escondeu seu trabalho perto dos seios.


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