25 de agosto de 2015

Primeiro encontro - nem sol nem chuva

Primeiro encontro – nem chuva nem sol

Técnica aplicada: caixa do beija flor e colagem
Objetivo: conhecer os participantes e dar a eles oportunidade de se sentirem bem
Material: caixa com dobraduras de coração, gravuras de flores, cola, caneta hidrocor
Descrição:
Conversa sobre o que significa quando um beija flor entrava em casa. Retirada da caixa “beija flor” um coração de dobradura e oferta a cada interno. Escrita do nome de cada pessoa em folha de papel e solicitação que escolhessem uma flor para colar ao lado de seu nome.
Comentário: O trabalho serviu como aproximação aos internos



Detalhamento:

Os idosos encontravam-se sentados em sofás, cadeiras ou poltronas na varanda da instituição (alguns amarrados).
Havia no local uma grande mesa com cadeiras.
Iniciou-se perguntando se eles já tinham ouvido dizer o que significava quando um beija flor entra em nossa casa.
O acreditado aqui era que as oficinas de arteterapia trouxessem o prazer da alegria (em muitos lugares a presença do beija flor significa alegria).
Retirou-se de uma caixinha com um beija flor estampado na tampa um coração de dobradura que foi dado a cada interno da casa.

Então ouviu-se vários comentários:
– Aqui sempre vem beija flor!
– Eu gosto de beija flor!




Depois de ser perguntado a cada um o nome escreveu-se o mesmo em uma folha de papel.
A impressão era de que gostaram de ler seu nome ali.
Comentou-se que para que o beija flor viesse sempre até eles era bom ter sempre flores.
Mostrou-se algumas imagens de flores que em seguida foram nomeadas em várias tentativas: rosa, cravo, beijo, margarida, orquídea...



Sugeriu-se que se sentassem à mesa para que colassem flores perto do nome, na folha de papel.
Porém os idosos entreolharam-se e não se moveram. Sentados nos sofás permaneceram.
Com um pouco de insistência conseguiu-se que alguns dos participantes se sentassem à mesa, mas ao som de afirmativas de que não sabiam, que não conseguiam fazer nada e que as mãos eram muito tremulas.
Afirmou-se que seriam auxiliados, que eles escolheriam as flores e seriam ajudados com a colagem.
Foi mostrado que também havia lápis de cor e se quisessem, poderiam colorir.



Enquanto isso, várias tentativas de conversa foram feitas: quem havia escolhido o seu nome (pai, mãe, avó), quem eram os irmãos, filhos e sobrinhos.
Neste momento foram colocadas músicas do artista Altamiro Carrilho e alguns até cantaram.
No final do trabalho escutou-se o comentário:
“aqui é muito parado, é bom para a gente ter o que fazer”.

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