20 de agosto de 2015

Descrevendo as técnicas de arteterapia: caminhos do arco íris

Descrevendo as técnicas de arteterapia: caminhos do arco íris

O arco celeste, ou arco da chuva, enfim o arco íris é um caminho colorido no céu. A estrada se faz quando restam algumas gotinhas de chuva e o sol surgiu novamente. O mais emocionante é que o arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro e com nuvens de chuva e o observador está em um local com céu claro.
Assim é o caminho da arteterapia, parece mágica!

O local do trabalho arteterapeutico - espaço entre chuvas e sol

Arteterapia não é passatempo e nem aula de arte. Fazer arte por si só não é um processo terapêutico. É difícil as pessoas entenderem que arteterapia não é terapia ocupacional.
Foi com o objetivo de realizar um trabalho arteterapeutico que procurei o Hotel Geriátrico. Acabei conhecendo a instituição por ter uma tia que utilizou momentaneamente os cuidados da enfermagem daquele local.

O Hotel Geriátrico é uma casa com vários quartos, duas amplas salas, uma varanda e outras dependências. Instalada em um bairro residencial tem um aspecto externo de uma casa de família.

Na casa hospedam-se mais de 10 pessoas, todas com algum tipo de demência senil, atendidos por uma enfermeira e cuidadoras. Os internos têm cuidados com a higiene pessoal e alimentação regular, porém não possuem outra assistência a saúde mental.

Quando propus à dona da casa o desenvolvimento do trabalho de arteterapia, ela esboçou um sorriso concordou com o “passa tempo aos velhinhos”. Senti que não ia adiantar explicar a diferença de arteterapia e terapia ocupacional e a convidei a participar para “entender” o processo. Muito ocupada não conseguiu participar nenhuma vez.

Meu trabalho com os idosos iniciou com os objetivos de apresentar a proposta da arteterapia, conhecer os participantes, dar a eles oportunidade de expressão e propiciar o vínculo entre eles.

Nos primeiros encontros fui tomando consciência da limitação dos idosos e fui adaptando as atividades. As mãos tremulas dos internos e sua própria descrença da capacidade de produzir algo foi um grande desafio para mim.

Depois percebi que a música podia ser uma grande aliada ao trabalho e utilizei a música para busca de prazer, estímulo à expressão artística e memória, estímulo motor e também como uma forma de relaxamento.

Descrevo aqui os oito encontros que me foram permitidos com os idosos internos na instituição.


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