24 de agosto de 2023

Agosto: cultura popular

O Bacamarteiros da Paz é grupo criado em 2006 onde trazia o nome de Bacamarteiros Beato José Lourenço, nascido dentro da União dos Artistas da Terra da Mãe de Deus em Juazeiro do Norte, comandado pelo Mestre Nena.

O grupo reconta o legado do cangaço de Lampião por meio das cantorias e transforma arma em arte. A espingarda do bacamarte, utilizada no movimento entre o final do século XIX e começo do XX, hoje integra as manifestações culturais dos 18 membros do grupo. "Nós pegamos um pouco do cangaço, um pouco do bacamarte e mantemos a brincadeira". 


A ROMARIA é uma viagem a lugares santos e de devoção, empreendida por aqueles que desejam pagar promessas, rogar por graças ou revelar sua gratidão pelos desejos realizados. As pessoas normalmente se agrupam para realizar esta jornada e seguem a pé ou em veículos diferentes. 

Este elemento cultural foi importado de Portugal. O objetivo destas travessias é conquistar a influência e as benesses específicas que só Deus pode, em troca, conceder aos seus fiéis. Praticamente todas as instituições religiosas contam com a romaria como ingrediente especial de seus rituais.


Fandango é o conjunto de várias danças de natureza popular. Originalmente o Fandango se trata de uma dança espanhola.

A coreografia tradicional mantém os bailados e sapateados, e a dança segue através de improvisos dos dançarinos. As músicas são sempre acompanhadas por poesia cantada e duas violas, sanfonas, rabeca e maxixe. Todos vestem roupas típicas gaúchas e os homens sapateiam sem cessar, os casais giram em torno de si e não podem encostar um nos outros.


O ex-voto é a designação erudita latina de ex-voto suscepto (“o voto realizado”), onde podem ser enquadrados nossos milagres e promessas.

São oferendas feitas aos santos de particular devoção ou especialmente indicados por alguém que obteve uma graça ou milagre implorados, como um testemunho público de gratidão.

As motivações do presente votivo são muitas: cura de doenças, recuperação em virtude de sofrimentos amorosos, acidentes e dificuldades financeiras. O voto feito aos santos, por sua vez, também adquire formas muito diversas: placa, maquete ou pintura descrevendo os motivos da promessa, ou pequenas réplicas (de barro, madeira ou cera) das partes do corpo afetadas por moléstias (perna, cabeça, mão, coração etc.), chamadas por alguns de “ex-votos anatômicos”. Designam-se “ex-votos marinhos” aqueles em forma de barcos, realizados em regiões litorâneas. Colocados em locais públicos – capelas ou sala de milagres -, os painéis ou presentes votivos trazem frequentemente a inscrição “ex-voto” ou “milagre feito”.


Trançado que consiste na técnica artesanal de entrançamento de matéria-prima vegetal previamente preparada, em geral para a confecção de cestas.

 

A cestaria começou a ser usada como utensílio doméstico. Sua origem se confunde com os períodos mais arcaicos da civilização. A técnica foi enormemente utilizada pelos índios na fabricação de cestos para transportar objetos ou armazenar alimentos.

A arte de trançar fibras ganhou lugar de destaque e status de peça de design! Muitos projetos arquitetônicos levam em conta o produto artesanal como diferencial e a cestaria aparece em peças como suportes, cadeiras, redes, vasos etc.


O jogo de Amarelinha é uma atividade muito divertida que todos podem brincar. Trata-se de um jogo que ajuda as crianças a aprender a escrever os números e desperta suas habilidades como contar, raciocinar, e melhora seu equilíbrio.

Acredita-se que amarelinha teria sido inventada pelos romanos, já que gravuras mostram crianças brincando de amarelinha nos pavilhões de mármore nas vias da Roma antiga. Na época, o percurso carregava o simbolismo da passagem do homem pela vida. Por isso, em uma das pontas se escrevia céu e, na outra, inferno.


A colcha de retalhos é parte da tradição de costura e artesanato de muitas culturas. A prática de juntar pedaços de tecidos servia a muitos propósitos incluindo a reutilização de tecidos antigos e criação de decorativos. Podem ser costuradas a mão os a máquina.

 

Cada pedacinho de pano ali costurado tinha uma história, sempre relembradas e contadas pelas tias e avós da família, enquanto botavam as crianças para dormir. Um pequeno retângulo foi o tiquinho que sobrou de uma fazenda que quase não deu pra fazer o vestido da sobrinha fulaninha; outro era uma tirinha que sobrou da camisa de caipira feita para o afilhado, filho da vizinha, que hoje já é médico; outro pedacinho lembrava uma antiga saia comprida da bisa ou um avental da vovó ou da mamãe. Outro foi um pedaço do vestido de uma boneca da neta mais velha. E assim ficavam gravadas na colcha aquelas histórias, pequenas lembranças que iam se dissipando com o passar do tempo enquanto as crianças cresciam e até já sabiam todas de cor. Outras crianças nasciam e já nem se interessavam por elas, enquanto os mais velhos partiam levando consigo as lembranças de cada história escrita nos pedacinhos de pano daquela colcha de retalhos, feita por uma avó ou por uma tia já falecida.


 

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