O Bacamarteiros da Paz é grupo criado em 2006
onde trazia o nome de Bacamarteiros Beato José Lourenço, nascido dentro da
União dos Artistas da Terra da Mãe de Deus em Juazeiro do Norte, comandado pelo
Mestre Nena.
O grupo reconta o legado do cangaço de Lampião
por meio das cantorias e transforma arma em arte. A espingarda do bacamarte,
utilizada no movimento entre o final do século XIX e começo do XX, hoje integra
as manifestações culturais dos 18 membros do grupo. "Nós pegamos um pouco
do cangaço, um pouco do bacamarte e mantemos a brincadeira".
A ROMARIA é uma viagem a lugares santos
e de devoção, empreendida por aqueles que desejam pagar promessas, rogar por
graças ou revelar sua gratidão pelos desejos realizados. As pessoas normalmente
se agrupam para realizar esta jornada e seguem a pé ou em veículos diferentes.
Este elemento cultural foi importado de Portugal.
O objetivo destas travessias é conquistar a influência e as benesses
específicas que só Deus pode, em troca, conceder aos seus fiéis. Praticamente
todas as instituições religiosas contam com a romaria como ingrediente especial
de seus rituais.
O Fandango é
o conjunto de várias danças de natureza popular. Originalmente o Fandango se trata de uma dança espanhola.
A coreografia tradicional mantém os bailados e sapateados, e
a dança segue através de improvisos dos dançarinos. As músicas são sempre
acompanhadas por poesia cantada e duas violas, sanfonas, rabeca e maxixe. Todos
vestem roupas típicas gaúchas e os homens sapateiam sem cessar, os casais giram
em torno de si e não podem encostar um nos outros.
O ex-voto é a designação erudita latina de
ex-voto suscepto (“o voto realizado”), onde podem ser enquadrados
nossos milagres e promessas.
São oferendas feitas aos santos de particular
devoção ou especialmente indicados por alguém que obteve uma graça ou milagre
implorados, como um testemunho público de gratidão.
As motivações do presente votivo são muitas:
cura de doenças, recuperação em virtude de sofrimentos amorosos, acidentes e
dificuldades financeiras. O voto feito aos santos, por sua vez, também adquire
formas muito diversas: placa, maquete ou pintura descrevendo os motivos da
promessa, ou pequenas réplicas (de barro, madeira ou cera) das partes do corpo
afetadas por moléstias (perna, cabeça, mão, coração etc.), chamadas por
alguns de “ex-votos anatômicos”. Designam-se “ex-votos marinhos” aqueles
em forma de barcos, realizados em regiões litorâneas. Colocados em locais
públicos – capelas ou sala de milagres -, os painéis ou presentes votivos
trazem frequentemente a inscrição “ex-voto” ou “milagre feito”.

Trançado que consiste na técnica artesanal de entrançamento
de matéria-prima vegetal previamente preparada, em geral para a confecção de cestas.
A cestaria começou a ser usada como utensílio doméstico. Sua
origem se confunde com os períodos mais arcaicos da civilização. A técnica foi
enormemente utilizada pelos índios na fabricação de cestos para transportar objetos ou
armazenar alimentos.
A arte de trançar fibras
ganhou lugar de destaque e status de peça de design! Muitos projetos
arquitetônicos levam em conta o produto artesanal como diferencial e a cestaria
aparece em peças como suportes, cadeiras, redes, vasos etc.
O jogo de Amarelinha é
uma atividade muito divertida que todos podem brincar. Trata-se de um jogo que
ajuda as crianças a aprender a escrever os números e desperta suas habilidades
como contar, raciocinar, e melhora seu equilíbrio.
Acredita-se que amarelinha
teria sido inventada pelos romanos, já que gravuras mostram crianças brincando
de amarelinha nos pavilhões de mármore nas vias da Roma antiga. Na época, o
percurso carregava o simbolismo da passagem do homem pela vida. Por isso, em
uma das pontas se escrevia céu e, na outra, inferno.
A colcha de retalhos é parte da tradição de costura e
artesanato de muitas culturas. A prática de juntar pedaços de tecidos servia a
muitos propósitos incluindo a reutilização de tecidos antigos e criação de
decorativos. Podem ser costuradas a mão os a máquina.
Cada pedacinho de pano ali costurado tinha uma história,
sempre relembradas e contadas pelas tias e avós da família, enquanto botavam as
crianças para dormir. Um pequeno retângulo foi o tiquinho que sobrou de uma
fazenda que quase não deu pra fazer o vestido da sobrinha fulaninha; outro era
uma tirinha que sobrou da camisa de caipira feita para o afilhado, filho da
vizinha, que hoje já é médico; outro pedacinho lembrava uma antiga saia
comprida da bisa ou um avental da vovó ou da mamãe. Outro foi um pedaço do
vestido de uma boneca da neta mais velha. E assim ficavam gravadas na colcha
aquelas histórias, pequenas lembranças que iam se dissipando com o passar do
tempo enquanto as crianças cresciam e até já sabiam todas de cor. Outras
crianças nasciam e já nem se interessavam por elas, enquanto os mais velhos
partiam levando consigo as lembranças de cada história escrita nos pedacinhos
de pano daquela colcha de retalhos, feita por uma avó ou por uma tia já
falecida.